domingo, 13 de junho de 2010

ELIANE GIARDINI

Eliane Giardini começou sua carreira aos 17 anos no filme O Salário da Morte, dirigido pelo tio de nome Linduarte Noronha, na Paraíba. Depois fez teatro amador em sua cidade Natal, Sorocaba (SP), até que ingressou na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, onde namorou com o colega de curso, Paulo Betti, com quem se casou. Consagrou-se na novela Renascer, da Rede Globo, com a personagem Dona Patroa e repetiu o sucesso em 1997, como a sedutora Santinha, em A Indomada, no mesmo ano em que recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado, pela atuação em O Amor Está no Ar. Depois de 25 anos de casamento, se separou do ator Paulo Betti e continuou fazendo sucesso, como em O Clone, quando foi agraciada pela APCA com o prêmio de Melhor Atriz do Ano, e na minissérie A Casa das Sete Mulheres, cujo desempenho como a Caetana lhe rendeu o troféu de Melhor Atriz de Teledramaturgia no Prêmio Qualidade Brasil 2003. Em 2005, na novela América, ela viveu mais uma personagem marcante: a Dona Neuta, uma viúva que despertava grandes paixões.

Frases.

''A beleza é o resultado de uma vida feliz. ''

''É a primeira vez que eu caso em novela. Sempre venho com a família pronta. Obs.: Acerca do casamento de Janete em 'Andando nas Nuvens' .''

''Outro dia estavam fazendo uma reportagem sobre filhas que usam as roupas das mães e descobriram que sou eu quem abuso do guarda-roupa delas.''

''Sofri muito por não fazer sucesso. Ser casada com alguém da mesma profissão que se dá superbem é horrível. ''

''Qualquer mãe acaba por ser condescendente com os seus filhos. Por mais que eles chorem, gritem ou se aborreçam, a mãe vai estar sempre ao lado deles, aconteça o que acontecer. Eu confesso que sou exageradamente uma supermãe!''

''Um pensamento muito disseminado nos meios intelectuais é que o mundo está perdido e que nada vale a pena. Esta é uma atitude paralisante e de repente nos surpreendemos em ver tanta gente envolvida em ajudar. Acho que a parte espiritual é a única solução para o mundo. À medida em que as pessoas descobrirem que tudo o que fazem ao próximo será para elas mesmas, o Planeta terá seu futuro garantido.''

''Detesto clima, detesto bico. Vou logo cutucar para ver o que há. O melhor é a gente dizer o que sente, em qualquer situação, entre mãe e filha, no trabalho, em tudo na vida.''

''Sempre que me chamam para um trabalho, morro de curiosidade para saber que imagem estão projetando de mim naquele momento.''

''Quando se descasa, deixa-se de ser a mãe para ser também a mulher solteira.''

''Paixão consome e acaba. O amor não; permanece.''

''Fui feia quando criança, nunca me achei bonita.''

''É desafiador, é claro que procurarei trabalhar nas razões para essa mulher ser tão má, e assim o trabalho fica mais humano. Ninguém é mau porque quer, não é mesmo. As vezes a vida destempera, e é isso que é bonito mostrar. Obs.: Acerca de seu personagem, Nazira, em 'O Clone'.''

''Não prefiro fazer novela, ou cinema, ou minissérie ou teatro. Gostoso é poder lidar com todas as linguagens, poder participar dos mais variados tipos de trabalhos, porque no final das contas, o mais importante é fazer um bom trabalho.''

''A primeira vez que fui a praia, me senti uma orca: branca e gorda.''

''Às vezes estou com 2 quilos a mais ou 3 a menos. Mas como não sou sex-symbol, está bom.''

''Uma vez briguei no supermercado por causa de um peixe. No final peguei o peixe e o coloquei dentro da bolsa da mulher com quem discutia.''

''Sempre fui muito certinha.''

''Descobri uma feminilidade que não imaginava ter.''

''Há alguns anos, o casamento era um fator de dependência para a mulher, que era quase um animal doméstico.''

''Na primeira novela que fiz, me apaixonei pelo galã.''

Eliane Giardini comenta com bom humor esse difícil convívio

Na maioria das vezes, os brasileiros têm uma relação de amor e ódio com suas sogras. Mas, na cultura indiana, esse convívio é ainda mais destacado. Em “Caminho das Índias”, Indira vive os dois lados desse conflito no mesmo ambiente familiar. Ela é sogra de Maya e Surya e, ao mesmo tempo, é nora da temida Laksmi. Indira é muitas vezes humilhada pela sogra, mas nem por isso trata as noras de uma forma melhor. Eliane Giardini diz que se diverte com essas trocas de farpas de um lado e de outro. A atriz também comenta o prazer de fazer parte do núcleo indiano da novela. Para ela, essa é uma experiência única, mas que a aproxima de suas raízes italianas. Confira o que Eliane contou na entrevista abaixo!

A sogra Eliane

“Eu não tenho noras, mas, se tivesse, não agiria da mesma maneira que a Indira. Essa tradição de que toda a família indiana tem que morar na mesma casa é o que mais agrava a relação de sogras e noras. Isso é pouco comum aqui no Brasil. Esse método pode até estreitar os laços familiares, mas também causa mais brechas para as intromissões alheias. A individualidade quase não conta. Na novela, esse convívio é um ponto a mais, para provocar a crise e dar um tom de comédia. Mas como a Indira ‘pegou’ para o público, acredito que o personagem tenha grande identificação aqui no país”.

Relação entre Laksmi e Indira
“Acho que não terá um alivio nessa relação. Pode ser que melhore um dia ou dois, mas rapidamente volta ao bom e velho padrão. Já está estabelecido que a relação entre nora e sogra na Índia seja assim. Acredito que seja algo bem característico daquele país”.

Como é interpretar uma indiana?
“Não acho que estou interpretando uma indiana. Meu papel é mais de mãe, sogra e esposa. A Indira tem muitas características parecidas com as minhas referências italianas”.

Expressões em híndi
“Muitas vezes eu me pego falando as expressões fora de cena. Na minha casa as pessoas falam até mais. Sempre gostam de brincar com essas expressões. Com tudo isso, adoro estar nesta novela. Gosto muito de estar no núcleo indiano, que é um barato total”.

Indianos x brasileiros
“A maior diferença entre brasileiros e indianos está no comportamento. Mas dentro do ambiente familiar, as coisas são bem parecidas nos dois povos”.

Eliane Giardini está apaixonada por Tarsila

Desde que começou a mergulhar no universo de Tarsila do Amaral, sua personagem em Um Só Coração, Eliane Giardini não pára de pensar na quantidade de histórias que poderiam ser escritas sobre a pintora. Na opinião da atriz, a vida de Tarsila preencheria, sozinha, "umas dez minisséries". "Ela tem uma luz própria impressionante", avalia Eliane.
Exageros à parte, o fato é que a atriz vai continuar na pele da pintora depois do final da minissérie, e numa história só para ela. A autora de Um Só Coração, Maria Adelaide Amaral, convidou Eliane para estrelar a nova temporada de Tarsila, espetáculo que chegou a ocupar os palcos paulistanos por um mês e meio, com Esther Góes no papel-título. "Quando ela me convidou para a minissérie, já me deu a peça para ler e achei fantástica", comemora Eliane, que deve estrear o trabalho em maio.
Em função de Tarsila, a atriz se aventurou pela primeira vez com telas, pincéis e tintas. E jura ter se saído bem. "A professora insistiu para que eu continuasse as aulas", conta, orgulhosa. Suas pretensões, no entanto, não vão além do desejo de apresentar um trabalho o mais completo possível. Ela faz questão de dizer que não precisa de dublê nas cenas em que aparece pintando. E lamenta que o público talvez não perceba que são dela os traços que aparecem rascunhados por Tarsila. Aliás, colegas de cena, como José Rubens Chachá, que interpreta Oswald de Andrade, são os primeiros a duvidar. "Outro dia, estava desenhando com carvão e ele veio me perguntar se eu estava cobrindo os traços já feitos por alguém", comenta, aos risos.
Quais são as principais particularidades de interpretar uma personagem histórica?As diferenças são enormes. Temos uma liberdade muito maior ao fazer personagens dos quais as pessoas não têm nenhum resíduo no imaginário. Ao interpretar uma personagem real, fico um pouco engessada. Ao mesmo tempo, não temos muitos registros da Tarsila, a não ser os auto-retratos e as fotografias, que são coisas estáticas. Então, não posso fazer um trabalho como gostaria, de me aproximar não só fisicamente, mas também do temperamento dela, do jeito de ser, de falar, de caminhar.
Quais foram suas principais preocupações para não "trair" a essência da personagem?
Ela tem uma personalidade muito rica e preciso fazer escolhas o tempo todo. Gostaria, por exemplo, de fazê-la um pouco mais sofisticada, mas isso comprometeria a naturalidade. Ela era extremamente educada, imagino que não falasse alto, que se sentasse bem, não se "jogasse" nos lugares. Ao mesmo tempo, acho que os modernistas quebraram um pouco com tudo isso, tinham uma cabeça muito aberta. Então tento mostrar os dois lados: era uma mulher criada numa sociedade patriarcal, educada para ser dona-de-casa, mas falava várias línguas, casou, separou, foi para a Europa...

Esta aparente contradição foi o que mais atraiu você na personagem?
O mais fantástico é que ela rompeu todos os padrões da época sem fazer barulho. Sempre fez tudo o que quis - casou duas vez, "amigou" outras duas, o último marido era um rapaz com mais de 20 anos a menos que ela... Tudo isso dentro da alta sociedade, que é o lugar mais cheio de preconceitos e limites. E ela nunca foi banida, muito pelo contrário, era extremamente bem-vinda onde estivesse.

Você tem alguma predileção por minisséries?
Na realidade, gosto muito da falta de definição dos personagens de novela. Gosto de brincar com isso, de saber que o personagem pode ir para qualquer lugar. Na minissérie, já conhecemos a trajetória do personagem do início ao fim, não dá muito para fugir daquilo, sobretudo no caso de personagens históricos. Ao mesmo tempo, tem um requinte de produção que é incrível.

Você gosta de se sentir responsável pelos rumos de seus personagens nas novelas?
É isso. Nas minisséries, a gente já pega os personagens resolvidos, para o bem ou para o mal. Já em novelas sempre é possível injetar uma energia. Costumo dizer que a gente nunca deve recusar um papel em novela. É como uma corrida de São Silvestre: colocam todo mundo lá e dão a largada. Quem tiver resistência, conseguir correr bem e não se esgotar, chega. Porque a história da heroína se esgota e o autor vai ter de ir para algum lugar. Então há sempre muitas possibilidades. A não ser que o autor desista de escrever para o artista. Aí é melhor pedir para sair.

Sorocabana Eliane Giardini aproveita a maturidade

A sorocabana Eliane Giardini (foto) brinca que sempre que recebe um convite de Glória Perez para atuar, aceita sem saber o que vai fazer. A intérprete da zelosa Indira de “Caminho das Índias” já soma seis trabalhos com a autora, quase todos com papéis de destaque. Por isso mesmo, não se incomodou com as supostas semelhanças entre o trabalho atual e a inesquecível Nazira, solteirona marroquina que interpretou em “O Clone”. Aos 56 anos, ela também atribui à maturidade a segurança que vem sentindo. “A experiência leva a gente à tranquilidade. Você passa muitas vezes pelo mesmo lugar, já sabe maneiras de se virar bem”, filosofa.

Eliane Giardini fala de sua bipolaridade artística

Não é de hoje que Eliane Giardini demonstra saber tirar proveito dos personagens exóticos - todas mulheres exageradas e de muita personalidade - que vive nas novelas de Glória Perez. A atriz, que se diz "uma pessoa básica" em seu cotidiano, é destaque agora em "Caminho das Índias" como a mãe passional capaz de deixar filhos, marido, sogra e noras em polvorosa com suas greves de fome e ameaças de ingestão de veneno. Indira é mais um dos tipos populares vividos por Eliane no horário nobre. Aos 56 anos, a atriz se diverte com tudo - até com as cenas em que se arrisca na dança indiana -, mas diz não abrir mão do que considera uma de suas marcas: transitar também por trabalhos mais requintados - e feitos de forma quase artesanal - como a microssérie "Capitu", sua empreitada anterior na TV, exibida no fim do ano passado. - Os meus trabalhos atendem a uma demanda interna que tenho. É uma bipolaridade artística. Gosto de fazer coisas sofisticadas na TV, mas me divirto e fico muito à vontade numa novela da Glória - garante Eliane, que já viveu memoráveis personagens da autora, como a cigana Lola de "Explode coração", a marroquina Nazira de "O clone" e a viúva Neuta de "América". - Trabalho de forma pendular. Tem momentos em que quero mesmo fazer uma novela das oito, popularíssima, vista por milhões. O que não impede a atriz, no exemplo recente de "Capitu", de se enfurnar num galpão do Centro do Rio, durante meses, para se dedicar a oficinas de corpo e voz da microssérie dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Na obra baseada em "Dom Casmurro", clássico de Machado de Assis, Eliane interpretou a controladora Dona Glória Santiago, mãe de Bentinho, e atuou ao lado de nomes ainda pouco conhecidos na TV.
- Sou uma pessoa muito básica na vida e gosto de fazer essas mulheres exageradas, que me levem para bem longe - completa. A capacidade de encarnar personagens tão distintos é reconhecida pelos amigos e companheiros de profissão. - Eliane é uma atriz que transita por onde tiver que transitar, que entra no universo de qualquer autor - constata a atriz Ana Beatriz Nogueira, também no ar em "Caminho das Índias", e amiga de Eliane desde que as duas atuaram juntas na peça "Memória da água", no começo desta década. - Ali ficamos amigas para sempre. Lembro até hoje de um ataque de riso que tivemos, na cena do funeral da mãe das personagens, quando troquei as bolas no texto - entrega a intérprete de Ilana na trama das 21h. - Eliane tem um senso de humor maravilhoso e é uma atriz que conhece muito bem o universo da Glória. Ela ajuda você em cena. Entro no set seguro quando sei que irei contracenar com ela - afirma Rodrigo Lombardi, que vive Raj, um dos filhos de Eliane na novela. Fã de seriados de ficção científica como "Lost" e "Fringe", Eliane Teresinha Giardini recebeu a Revista da TV em seu apartamento, em Ipanema, onde mora com a cadela Amora, da raça labrador. É lá que a atriz, inscrita agora num curso de ciências e física, recebe amigos e toma café da manhã todos os dias com as filhas Juliana, de 32 anos, e Mariana, de 28. - As duas estão casadas, mas cada uma mora em uma esquina perto aqui de casa. Temos uma relação leve, de parceria - conta a atriz, que agora está montando o curta-metragem "Filtro de papel", dirigido por ela e a filha caçula. Pai das filhas da atriz, com quem foi casado por mais de 20 anos, Paulo Betti começou a carreira junto com Eliane - os dois são de Sorocaba, no interior de São Paulo. - Fizemos teatro amador em Sorocaba. Além de muito bonita, Eliane sempre foi muito talentosa, tinha essa coisa de grande atriz desde o começo. Eliane é também uma mulher muito na dela, recatada, que não faz nada para agradar aos outros - conta Paulo. Apesar de ser completamente diferente de Indira, Eliane se inspira na própria família para interpretar a indiana. - Eu não penso que estou fazendo uma mãe indiana. Faço uma mãe como as da minha família, de origem italiana, que têm um sentido muito grande de tribo. Eu também cresci dessa forma - conta a atriz. - Indira é quase um ideal feminino. Tem três filhos homens, uma filha mais nova que é a cereja do bolo, uma sogra, mas ela também é sogra... - enumera.
A personagem é severa com a nora Surya (Cléo Pires), mas também amarga uma relação difícil com Laksmi (Laura Cardoso), mãe de seu marido Opash (Tony Ramos). Eliane, atualmente solteira, destaca a riqueza dessas relações familiares. - Na Índia existem até realities shows sobre noras e sogras. A mãe e a esposa são entidades muito fortes na vida de um homem. Cada uma quer marcar o seu território. Engraçado é que em "Capitu" também vivi isso - relaciona a atriz. Eliane adora gravar as movimentadas cenas da casa de Indira, fala do prazer de contracenar com os atores do seu núcleo, mas confessa que as sequencias da família dão um trabalho danado. - É um cenário beeem complicado, com muita gente e várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. Ali só tem fera. É uma loucura - diz, enfatizando bem essa última palavra. Tony Ramos, que contracena com Eliane pela primeira vez, está admirado: - Pude descobrir de perto a grande atriz que ela é: consciente de sua profissão e de seu personagem - elogia o ator. Quem já viu Eliane em cena sabe que a atriz demonstra domínio sobre o que faz. Ela, porém, admite seguir mais a intuição ao interpretar mulheres tão distantes como uma indiana. - Eu não tenho muito a preocupação de composição de personagem para as novelas. Acho que ao longo dos anos você vai criando uma persona e as pessoas sabem onde você pode transitar ou não. Mas eu participei dos workshops da novela. Afinal, aquilo não é um baile à fantasia. Eu sei o que estou representando e precisei entender o fundamento de cada gesto. Tik, tik, concordariam os indianos da novela.

Eliane Giardini se orgulha do corpão que tem

A atriz Eliane Giardini, a Caetana da minissérie A Casa das Sete Mulheres, revela à revista Boa Forma , de janeiro, que muito se orgulha do corpão que tem. Com quase cinquenta anos, ela conta que sua receita é simples: além de atividade física, mantém uma alimentação regular e equilibrada, com direito a cinco refeições diárias , à base de fibras, carboidratos e proteínas.